quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Rede Social ou sexual???

TRILHA SONORA PARA ESSE POST


Fazia tempo que não escrevia sobre o cotidiano, pois estava e ainda estou, digamos, em uma completa e satisfeita preguiça mental, devido a um amor totalmente correspondido e dias e mais dias de carinho, noites e dias dormindo e acordando juntinhos, café na cama, sexo da melhor qualidade, com muitos planos a dois, projetos e a coisa fluindo, mas hoje, e exatamente hoje, me bateu uma certa inquietação, um certo quê curiosidade, de perceber o quanto a felicidade alheia provoca nas outras pessoas.
Vi frases nas redes sociais do tipo: NÃO POSTE SUA FELICIDADE, A INVEJA TEM FACEBOOK, vi também fotos de casais apaixonados, mas que se todo mundo observar, ou a foto é antiga, ou se for recente, foi tirada antes de se separarem, pois tem uma foto dela no facebook da amiga beijando outro, e mesmo estando eu contrariado, vejo que tal frase tem um certo fundamento. Falo isso porque fiz o seguinte, somente para constatar minha teoria, reativei um perfil em uma rede de encontros, e coloquei meus dados, todos verdadeiros, inclusive com fotos, e uma anotação inquietante, no estado civil, casado, e em outro campo, coloquei a seguinte frase: a procura de mulheres interessantes independentes, com cabeça aberta, pronta para novas aventuras ou apenas um lance, sem compromisso, apenas sexo etc e tal. Foi o que bastou para chover de mensagem, algumas curiosas, algumas estranhas, outras totalmente sem noção ou indignadas, mas a maioria com muita curiosidade de ter um romance ou testar seu poder de sedução, saber qual que é o lereado ou apenas para estragar ou importunar.

Sexo é bom? Claro que é, desde que você saiba exatamente o que quer, e isso o homem sabe exatamente o quer, sexo. A mulher muitas das vezes não, me desculpem as mulheres, elas querem romance, ou competição, mulher não se arruma ou compra lingerie sensual para se despir para o homem naquele momento, mulher quer mostrar para outra mulher, que tá mais arrumada, maquiada, com o melhor sapato e está mais gostosa ou a mais foderástica. Meu conselho: Quer romance? Compre um livro porque  em uma rede de encontros virtuais, 99.9% dos homens sabem muito bem o que querem, sexo, pouco ou muito, mas com qualidade e tesão.

Ah e para não fugir do assunto, sem querer dar conselhos, a felicidade está no que realmente vale a pena, uma xícara de café ou uma foto significante a dois, a felicidade se vive todos os dias em pequenas doses de companheirismo, amor, e gestos simples. Grandes roteiros, viagens para a Itália a bordo de um transatlântico que pode afundar ou te marear, são coisas de Hollywood, cenas para se ver no cinema comendo pipoca, a vida não imita a ficção...


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A insustentável leveza do sexo...

Essa é a diferença entre rapazes e garotas. Nós queremos prazer, corpo, sexo, companhia. Elas também querem. Precisam até, às vezes. Só que nós lutamos por isso, perseguimos, buscamos, buzinamos, compramos bons sapatos, realmente trabalhamos na situação. Não poupamos nossas munições, planejamos estratégias para que a coisa aconteça, preenchemos tabelas com análises de risco, enfim, nós rapazes realmente dedicamos horas e horas sofisticando nosso currículo. Essa lenga-lenga de que os homens não querem compromisso é bobagem. Nunca fazemos sexo sem compromisso. Estamos sempre comprometidos, você sabe, com o sexo.

Não faz mal se ela é uma versão rascunhada da princesa de Mônaco ou se tem tinta vermelha no cabelo, ouve Ramones e passou uma boa temporada na cadeia por sacrificar animais. Nós transamos com garotas desempregadas, nós transamos com baixinhas, transamos com garotas batizadas com o mesmo nome da nossa tia Ambrósia, nós transamos com garotas pelas quais sentimos desprezo, transamos com garotas que não pagam a conta, nós vamos pra cama com garotas de gosto musical horroroso, isso se elas conseguirem reunir forças para evitar por uma hora e meia seus refrões pegajosos do momento. Não importa como, nós estamos lá, tentando as arrastar para algum lugar mais tranquilo e quente.

Não estamos falando de amor, mas também não de promiscuidade. Estamos falando de democracia, de direitos, de experiências, de diversão, de saúde, de integração, de treinamento específico para o caso de precisarmos repovoar o planeta (todo homem acredita no derretimento das calotas polares). Garotas não, geralmente precisam de contexto, de conexão, de parâmetros, de certificados, de enredos, que antes do sexo você doe três cestas básicas a uma família desabrigada ou que você assine duas vias de um documento atestando que rolou porque ela quis, porque ela sentiu vontade espontaneamente, e não porque você teve lá seu charme, suas armas, seus argumentos, força bruta, dinheiro, persuasão ou qualquer outro mérito. Esse é o problema, para elas sexo é algo grande, é algo que exige algum esforço emocional, sexo é... algo.

Admito que para a indústria cosmética não seja bom negócio as garotas se entregarem mais, e acordarem com os sorrisos mais abertos, as bochechas mais rosadas e os traços mais leves. Fora isso, o que elas têm para se preocupar? Com o que o Papa, a vizinha de baixo ou o comitê feminista vai pensar? Com um pequeno aglomerado de celulites? Não sei. Não sei onde elas querem chegar com essas enrolações especulativas. Sei que o Papa, a vizinha de baixo, as feministas não dão a mínima pra elas. E sei que nós não damos a mínima para celulites, pelo menos os que sabem do que se trata. Após tanto engajamento ativo na causa, deveríamos ser mais levados em consideração.