quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Sem tempo...




Ao final deste tempo todo, as vezes e tão raramente, quase nunca, ainda sonho com você, E ainda foi assim até bem pouco tempo atrás, cruzamo-nos em alguma rua do bairro, vinha acompanhada com algumas crianças, e eu estático fiquei ali a observar. Nossa!!! Passaram-se muitos anos, e os anos lhe fizeram bem, amadureceram aquela beleza tosca juvenil, transformando-a em uma mulher linda, segura de sí e sua beleza, reparei nos cabelos longos e bem cuidados, o perfume ainda era o mesmo, tem coisas que não mudam, e continuei a te olhar, te seguir, a alguns metros, buscando seu olhar, seus olhos claros, e você, você olhou através de mim, com aquele sorriso branco, como se não tivesse ninguém ali, como se a rua fosse só sua, um parque de diversão em final de tarde, em uma mistura de sons distantes, imagens em slow motion, e sem parar, continuamos nossos caminhos, cada um no seu, você sem enxergar e eu invisível, como nos tempos da escola, continuamos nossos caminhos. Nada mudou...














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