Sempre fui muito tímido nas coisas do amor. Desde guri, sempre fui o último a ser escolhido, desde gurias, até o time de futebol. Sempre olhei muito, observei, e muitas vezes "lambi com a testa e arei o chão com o chifre" como dizem por aqui. Sempre tive muito medo de escutar um sonoro não, e fui contraindo meu coração e minha alma, como uma mola, e para dilatar uma alma contraída não existem muitas opções. Só duas coisas são capazes de me arrepiar : um toque seu carregado de ternura ou uma harmonia de um belo solo de guitarra. A única coisa que realmente importa, acontece no pátio em intervalos, em cantos escondidos, e em tantos outros lugares, menos nas salas de aula, com teorias sobre o sexo dos anjos. Seja qual for a história, o enredo, ou se houver uma canção narrando sua situação, e que você pense que seja o roteiro da sua vida, não importa o que disserem ou o que estiver escrito. É amor. Amar é alegria sem motivo, é sofrer choque térmico quando chega a hora de dar tchau, é implicar com o jeito do outro, brigar no meio da rua, pegar na mão, e fazer as pazes ali mesmo. Amar é brincar de briguinha e brigar por nada, é dizer que vai amar pra sempre, mas como dizia a canção, o pra sempre, sempre acaba... Amar é dar beijos e cheiros em lugares estranhos em locais inadequados, é beber no mesmo copo. É ter apelidos ridículos, e rir um do outro por coisas bobas. Amar é uma cumplicidade dividida a dois, e somada todos os dias...Então eu digo: Quantas chances de viver loucuras memoráveis, a gente desperdiça com essa mania besta de pensar e amar?
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