terça-feira, 10 de agosto de 2010

LEMBRANÇAS FODÁSTICAS




Feito um molambo vestido com uma camiseta de cor cítrica e um moletom vermelho, para contrastar com um dia cinza de inverno, sem , resolvo mergulhar nas lembranças e revirar algumas caixas, gavetas e fitas antigas, não sei porque mas me deu vontade, faço isso de tempos em tempos como se quisesse manter vivo em minha memória coisas que um dia me fizeram um tanto quanto mais feliz.

Não sei o porque mas nessa viagem do meu eu ao passado, sobressaltado por lembranças, um risinho disfarçado, ao ler algumas cartas e dedicatórias em fotos, me faz continuar a pensar que tudo aquilo era uma diarreia mental de uma pessoa seriamente perturbada.

Entre uma foto de uma loira de sorriso metálico e outra que nem me lembro o nome, entre pilhas de cartas e cartões de ex-amores que amareladas pelo tempo chegam a dar branco em minha cabeça, e algumas que me aquecem as lembranças nesse inverno frio, outras importantes nas datas que foram tiradas e hoje sem valor algum, lembranças de amores que se foram.

Encontrei uma em especial, escrita por uma tal de Sandiléia,( putz, quem era essa???), e faz tão pouco tempo quando olho para a data e observo a letra corrida, bonita em harmonia e o cheiro de um 5a. Avenue suave, ai bateu uma saudade de um tempo que eu não sabia responder a essas cartas, simplesmente as guardava em caixas de sapato e mandava algumas rosas vermelhas no dia seguinte, com alguma dedicatória melosa de seis palavras no máximo. Lendo essas cartas hoje vejo que uma garota com esse nome, (Se fosse pelo menos igual a Sandy, aquela, a filha do cantor sertanejo), realmente não poderia me fazer feliz, mesmo porquê ao me lembrar da figura em minha mente, desfilando aqueles peitos num espartilho dois tamanhos menores, e três palmos de bunda, perdi a vontade de tatuar as iniciais minhas e dela no braço, perdi a noção e o meu tesão todo foi pelo ralo...

Sem achar mais nada de interessante, muito menos respostas, vejo que meus ex-amores, ficaram onde deviam estar, escondidas nos lugares mais escuros e altos, entulhados em alguma caixa, junto com as lembranças de dias e horas de noites sem fim, esperando uma ligação, um e-mail, ou um alerta sonoro do msn ou sms, talvez um milagre me acordando na madrugada, coisas que nunca aconteceram. Estão guardados onde devem estar, prontos para serem jogados fora, quando assim for ou serem relembrados se necessários. Nessa ausência toda que surge uma verdade simples e absoluta sobre os sentimentos.

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