sexta-feira, 31 de outubro de 2014

:Um amor verdadeiro...






Aprendi com o tempo a ter paciência para tudo nessa vida, coisa que não tinha, tudo tinha uma pressa enorme de ser para ontem, e vivia um tumulto constante de obrigações a fazer versus expectativas a serem preenchidas. E a cada desacerto eu começava um outro "projeto" para esquecer o que não deu certo. Digo "projeto", minhas desventuras amorosas, que depois de enterradas no passado, algumas insistem em virar um "The Walking Dead" da vida real, me assombrando vez por outra, e me dando sustos na minha pacata vida. Lembrando algumas daria um belo livro de histórias, ou manual do que não fazer, ou o que não esperar. 
Mas voltando ao tempo, não posso negar que o tempo foi generoso comigo, foi até certo ponto amigo, não me cobrando a conta de algumas coisas, e posso até afirmar que "tô bem".... e, você, foi a melhor coisa que meu amigo tempo, me deu, a melhor delas certamente foi a chance de escolher, escolher entre minha vida de "projetos" e você, escolhi ficar contigo e atravessar com algum alívio e serenidade os dias que eu quero simplesmente morrer pra não ser intimado novamente sobre meus erros do passado, a depor ou confessar, e sobre o meu sumiço por alguns anos. Você me ensinou muitas coisas, a melhor delas, me ensinou que o amor verdadeiro sempre espera um pouco mais pelos abraços atrasados, que são reservados para você. O amor verdadeiro se extravasa de todas as formas e fala com as mãos como um nono italiano torcendo no jogo do Palestra. O amor verdadeiro desfaz diferenças e tornam iguais, os pensamentos, as vontades e o futuro...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Ressaca de tudo que se pode dizer sobre o amor






Acordo e abro os olhos, lembrando da última noite, perambulando sem rumo, som no carro, e respirando o seu perfume que ficou impregnado no estofado do carro, escutando a trilha sonora mansa e lembrando do seu sarcasmo, desmentindo e me enganando como se sempre fosse o diabo atentando a nossa conversa, então eu em pleno desespero poético de um roteirista imitando Nelson Rodrigues ordeno: tira esse riso ridiculamente sórdido dessa boca vermelha, não vá pensando que essas palavras jorram da minha garganta como um analgésico verbal pro meu desconforto, é por você. A dor é meramente um quadro ilustrativo, ela é psicológica, de fazer tortura, como naqueles filmes de guerra. Ninguém nunca, jamais, nem nos meus piores pesadelos me fez sofrer, nunca me obrigariam a isso, sempre que sofri por alguém foi porque quis, porque me entreguei, não por julgar que valessem a lágrima, cada dose de bebida, cada uma delas. Se corri tanto atrás de você foi pela ideia fixa de fazer justiça com as próprias pernas, e de conquistar cada pedaço de você. Eu poderia me reinventar, recriar um mundo te contando como passei meus últimos dias, mas penso que tudo seria meio incompleto, meio que, faltando pedaços, só sei do gosto de whisk e preguiça que não levantam comigo, misturados com o perfume agressivo de outras mulheres que dormi junto desejando acordar nunca mais. As conversas chatas, os sabores de beijos secos que não se sobrepõem ao seu na minha língua, as músicas altas demais que ouço com a manifesta intenção de estourar um tímpano, e explodir dentro de mim tudo que você ainda representava, e vejo que minha ressaca é maior do que ficou pra trás.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Momentos, eu só vivo o agora!!!



"Eu vivo o momento!!!". Quantas vezes eu escuto isso, de amigas, conhecidos, pelo whats, post de facebook, conversas de bar depois de umas tantas, ou até mesmo por puro despeito de quem levou um passa fora, ou famoso pé no rabo. Que clichê horroroso, pra não dizer cafona, até escroto. Não existe isso de momento. Quem vive de momento é flash de máquina fotográfica. Um momento só é um momento digno de nota quando todos os instantes significativos que sucederam antes de chegar a sua hora valeram a pena. Aprenda isso. E também há os momentos subsequentes, diga-se divagações. Ou seja, é ilusão achar que esse troço gostoso que poderia estar acontecendo entre nós lá em cima, no conforto de nosso quarto agora às 23:59, seria apenas fruto isolado do agora e não um ato cheio de respostas e promessas, de sonhos, projetos e até mesmo algumas decisões. Somente você, nesse seu um metro e sessenta de tamanho consegue me fazer esquecer tudo que eu tinha de certo em minha cabeça, bagunçando minhas ideias e pregando na parede meus paradigmas como se fossem quadros a serem expostos para o escárnio do seu sorriso maroto. Eu não quero mais viver momentos, coisas sem significados, lembrar o antes e o depois. Não quero esquecer o passado e nem descartar o futuro. Ando sofrendo de uma fobia nova, sem nome científico ou nomenclatura. Estou vivendo meu momento de agora e já contigo. Me deixa ir embora, pra casa, por favor. Um momento de redenção, e liberdade...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Fui ser feliz (Depois da D.R.)




Depois de dias, semanas em uma louca paixão, esquecendo do tempo e dos compromissos, chegou aquele momento da DR (Discutir a Relação) em que se torna inevitável. São duas horas discutindo sobre um amor do qual reluto em ainda querer fazer parte. Suas palavras, mesmo em alto e bom português, parecem uma língua estranha estridente e sem nexo, mas não a que eu entendia quando estávamos com nossas línguas enroladas, conversando a linguagem universal do sexo e da sacanagem. Eu poderia muito bem gritar, esbravejar, sapatear igual criança mimada igualmente, se você não estivesse tão cega, tão fora de si, tão louca. Tenho um segredo, um não, muitos segredos pra lhe contar: seus heróis também tem defeitos, todos eles escondidos atrás do sorriso colgate no comercial de tv a cabo. Seus ideais, estão com o cronograma atrasado. O ferimento em si dentro do meu coração que me sufoca, como se ele batesse em duplicidade como as lembranças de nós, nem dói tanto quanto ver sua intenção em me ferir, com coisas que não são verdade, nem estão perto de ser a realidade. Palavras tão pequenas de quem parece não ter mais nada a perder, somente uma avalanche de espinhos, de coisas a dizer, sempre sem pensar. Percebo que para você, nada mais importa, nem mesmo aonde eu esteja, preso num cubículo sem ideias ou caminhando livre na chuva, já não adianta sonhar, se em todo amanhecer preciso olhar no espelho e dizer para mim mesmo que aqui é o lugar, aqui é o seu lugar. Todos os seus gritos me deixam com a impressão de que estou sempre atrasado, ou pior, sempre errado, fora de moda, meio brega, e que já estive por aqui por tempo demais, enchendo o saco. Fico rouco diante de perdões formais, frases feitas que dirá quando a solidão se manifesta tão necessária, tão fundamentalmente esperada. A partir de hoje, só o que for muito, muito leve, bonito e fácil, prenderá meus dias e meu sentimento. A grande maioria desiste. Eu, só estou abrindo mão. Não me chame de covarde. Concordo contigo, também aconteceu comigo: o meu coração partiu. Para outro lugar. Foi passear em um lugar mais livre, alegre, em busca da felicidade. Como diz aquele velho clichê, fui... Fui ser feliz e não volto."

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

SEJA HOMEM DE VERDADE...




O feminismo detesta a natureza frágil feminina, busca se tornar aquilo que elas odeiam, que é o homem, se utilizando dos direitos civis como fachada. Odeiam o machismo (características masculinas e que em consequência protegem a mulher). 

Se você fizer uma busca pela internet em sites masculinos e femininos e também nos blogs pessoais vai descobrir que ninguém chega mesmo à conclusão do que mede a masculinidade. Mulheres querem homens lindos, maravilhosos, sarados, atenciosos, românticos, bem-sucedidos, másculos, mas que saibam ser submissos quando a situação for apropriada. Homens querem ser machos, ter os melhores gadgets, serem bem-sucedidos, fugir de trabalhos domésticos e ter a capacidade de ser um inesquecível deus do sexo para qualquer mulher que apareça na frente. Isso é ser homem? Também não dá para saber.

Só que se pegarmos alguns ídolos antigos e modernos, reais ou fictícios, como Sean Connery, George Clooney, Russel Crowe, Javier Bardem, Johnny Depp, Brad Pitt, José Mayer e até mesmo Barack Obama, veremos que existem algumas características que vão muito além do excesso de testosterona. Aqui, arriscamos algumas delas:

1) Saiba falar: você não precisa declamar as coisas como um refugo do século XVIII, mas se seu vocabulário se restringe a "mano", "certo", "só" " belê" ou a famosa frase atribuída aos cariocas que não leva consoante, "ih, ó o auê aí, ô", então você vai ter problemas sérios. Isso porque uma retórica errada, vai levar você a não conseguir se expressar direito ou ser muito mal-compreendido. Quem não se comunica se trumbica.

2) Mantenha-se informado: existem várias coisas acontecendo no mundo além do campeonato brasileiro. Saiba um pouco mais desses eventos, pesquise, leia ou se morre de preguiça de acompanhar letrinhas com os olhos, pelo menos, assista algum noticiário na TV. E, por favor, prestando atenção.

3) Pratique alguma atividade física: você não precisa ser halterofilista ou rato de academia, mas cuidar do corpo é algo obrigatório hoje em dia com essa vida estressante nos escritórios. Acredite no fato que quando você tem uma máquina bem desenvolvida sua performance no trabalho, no lazer e principalmente na cama fica muito melhor.

4) Saiba beber: bebida alcoólica e homens têm uma relação amorosa desde os tempos antigos das tavernas e saloons e seguramente ninguém pedia algo que vinha com enfeitinhos no copo. Atente-se, porém na quantidade que vai ingerir, porque macho que é macho não cai de bêbado (nem leva multa por causa disso). E, em tempo, saiba preparar pelo menos um drinque decentemente.

5) Tenha um aperto de mão forte: não dá para segurar a mão de ninguém com os dedos moles. Isso passa uma sensação totalmente desagradável ao interlocutor. Tenha presença e marque seu território. Seja homem...

6) Olhe nos olhos: tai algo que acompanha o aperto de mão. Um homem de verdade não desvia o olhar ou baixa os olhos quando está conversando com os outros. Mesmo porque isso equivaleria ao cachorro que coloca o rabo entre as pernas. Mostre que você não tem nada a esconder.

7) Saiba como tratar uma mulher: ou seja, tenha muito respeito. Seja atencioso, gentil, cavalheiro, sempre disposto a pagar a conta e não a enxergue como frágil e inferior. Se ela for feminista demais, acha cavalheirismo algo ultrapassado e se ofende quando você tenta ter um gesto gentil, então fuja, porque um homem de verdade precisa mesmo é de uma mulher de verdade.

8) Tome decisões (e saiba que poderá falhar): um homem de verdade aceita e entende o poder de escolha que ele tem em sua vida. Ele decide que portas abrir e quais fechar e se tomou algum caminho errado, é humilde o bastante para assumir que errou e refaz sua trilha de cabeça erguida.

9)Saiba expressar o que sente: não há vergonha nenhuma em colocar para fora o que realmente está guardado no seu peito. Seja em um relacionamento amoroso ou até mesmo em certos graus de amizade profunda (com outros homens, inclusive), ter a segurança de expressar seus sentimentos não fere a sua masculinidade. Pelo contrário, mostra que você realmente sabe quem você é.

10) Seja você mesmo e questione sempre: homens de verdade não precisam seguir multidões e nem devem buscar aprovação o tempo todo. Na verdade, eles se aceitam e sempre revisitam sua maneira de ser, buscando mudar. Com isso, não aceitam verdades dadas de graça, questionam fórmulas prontas, dispensam explicações e abraçam a ambiguidade. Ou seja, homens de verdade não se importam com o que é ser um homem de verdade.

Então nem sei porque escrevi tudo isso... Homem de verdade, faz...













Adaptado via portal Terra

O TEMPO NÃO PARA...






Você se ilude achando que tem ainda alguns anos para dizer o que realmente importa às pessoas que ama, ou fazer algo que faça a diferença? Você ainda acha que a adolescência é um estado de espírito permanente em sua vida que já está quase ao final do seu balzaquianismo? Seria uma doce ilusão se tudo isso que você propaga aos quatro ventos fosse a realidade, real e verdadeira.
"- Eu vivo loucamente um dia de cada vez! Minha vida é uma viagem maluca sem escalas! Vou aproveitar mesmo, já que não me deram valor! Vou ter um harém de homens! Sou poderosa, basta estalar os dedos que tenho qualquer um! Não quero compromisso com ninguém, quero ser livre sem dar explicações!"
Seu tempo acabou garota. É hora de pensar e repensar seriamente sua contribuição diária a vida, ao mundo e o mais importante, a você mesma. A gente só vive uma vez, e desperdiçar vinte, trinta e poucos anos se comportando como se tivesse quinze, é realmente passar pela vida, você tem certeza que você é aquilo que gostaria de ser? Exigir o que você mesma, sinceramente não faz ou nunca fez seria um pouco demais, a essa altura do campeonato. Já não somos mais tão jovens. Você já comprou aquela cobertura e o carro importado com o salário do seu super emprego como mega executiva de uma multinacional? Esqueci... Esses eram seus sonhos de adolescência a quantos anos atrás não é mesmoOlha uma foto sua de quando era criança e compare com o que você se tornou. Se você morrer hoje (acredite, pode acontecer, a probabilidade é boa), é assim que você gostaria de ser lembrado? Esse é o legado que você quer deixar pra ser lembrado no futuro?  É hora de deixar de ser mimada, pra não dizer babaca. Não é fácil, ninguém disse que seria, só disseram que lá no final, valeria a pena. Qual vai ser sua próxima desculpa? Não quero dar lição de moral, nem ser melhor ou seja lá o que for. Apenas falo tudo isso garota, por ficar horas, dias e semanas escutando suas reclamações e lamentos. Sem fazermos o que realmente importa. Espero que você realmente siga em frente e daqui algum tempo me diga, "Estou recomeçando."

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Everything Changes (Tudo muda...)




Hoje é sexta. Dia do happy-hour, da paquera, e da boemia noturna. Dia de buscar na agenda do celular, uma letra para poder ligar, mesmo porque quase toda sua agenda, é de alguém que já foi um rolo, ou tem grandes chances de ser. Chego e paro num nome e fico lembrando... Meus últimos relacionamentos duraram bem pouco tempo. Pouco tempo mesmo. Começou a ser assim quando eu ainda ia para a escola de ônibus. Conheci aquela garota no ônibus, que estava lotado, quando o semáforo ficou vermelho enchia cada vez mais. Ela vestia uma camiseta preta do Pink Floyd e tinha um arco iris de cores no cabelo predominantemente preto, nada de maquiagem, mas um cheiro de Anais Anais enebriante. Eu olhei, tirei a cara que estava enfiada no jornal vendo as notícias policiais. Eu olhei, ela me viu. Eu desviei o olhar, antes da garota desistir também.

Voltamos a nos olhar e nos medir de cima embaixo. E sorrimos, inevitavelmente. Ela fez um biquinho doce e teatral com os lábios, sinalizando a vontade de um beijo inocente, e ao mesmo tempo quente como o calor que faz por aqui no verão. Me animei e num raro lampejo de maturidade e coragem, botei a língua pra fora, girando a pontinha  num movimento nada-sexy, diria até meio escroto. Ela riu, baixou levemente os olhos, me achando um retardado. Eu me estufei de orgulho por conseguir tirar aquele riso lindo, daquela garota estranha.
O semáforo abriu e a gente parou de se ver. Ela tinha descido naquele ponto. Ainda me virei todo para dar uma última olhada por cima do ombro. Não tinha como dar certo mesmo. Estávamos em lugares diferentes da relação, vivendo em direções opostas, querendo coisas diferentes, momentos diferentes e a coisa andava rápida demais entre nós, imagina só,  e acho também que as amigas dela não gostavam de mim, tinham uma ponta de inveja e ciúmes. Mas foi bom o quanto durou o encanto e inesquecível, enquanto duraram aqueles trinta segundos.
Mas como eu disse, hoje é sexta, e se eu achar uma garota que valha a pena me encantar, que seja por apenas trinta segundos, ou pela vida toda, já valeu tudo isso...

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SINTO SAUDADES DO NADA




Guardo algumas coisas em caixinhas, lembranças, presentes, agendas e cartas, de pessoas importantes, ou que se fizeram importantes, ou mesmo que me marcaram em algum momento de minha vida. Vez por outra busco remexer nessas lembranças até mesmo como uma prática saudável das lembranças e encontrei um bilhete em papel azul, letra bonita, redonda, bem feita, ainda com um cheiro de perfume de mais de duas décadas, e o conteúdo, escrito como um desabafo

"Sinto sua falta me pegando, de surpresa, como uma qualquer que conheceu na rua. Não sou muito romântica, dessas de jantar à luz de vela e toda essa parafernália. Por mim, a gente pula na cama para a cena de sexo. Você me diz que eu tenho muita testosterona, às vezes brinca de me pedir emprestado. Você acha que a gente não precisa fazer todos os dias. Falo que não sou romântica, mas sou. Escuta, de uma vez, eu poderia dizer que voltamos à estaca zero, mas esta foi cravada no dia que a gente se encontrou, do nada, nos olhamos. Depois de tirar um pouco os pés do chão, caímos juntos e abraçados num poço escuro e vazio e sem fim. Agora estamos no negativo, a gente simplesmente deve algo um pro outro. E nem vem, não adianta, quem ama o difícil, muito fácil lhe parece. Sei da sua indolência, sua indecência mas quero tentar mesmo assim, teu passado não me interessa, porque já não dá mais pra passar um dia sem que minha história conte um pouco da sua. Cada vez que eu for até sua boca, é um degrau de subida, uma subida sem final,  a gente já foi fundo, fundo demais, não há mais como cair. De agora em diante, o maior risco que a gente corre é ser feliz."

Juro que tentei me lembrar mais, mas a única lembrança é do gosto do batom de uma despedida no aeroporto, do desse bilhete no bolso, e um horizonte infindável... 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Não sabe brincar, não desce pro play...





Eu queria as vezes acordar desse sono taciturno de ontem e acordar no meio de mais um de nossos erros, sem culpa ou qualquer sentimento que cause dor, somente relembrar as nossas conversas na cozinha, com cheiro de café fresco e ver teu sorriso branco decorado por sua boca vermelha, sem vontade de mudar nada nesse mundo injusto e cinza, que revejo a cada anoitecer frio e solitário, sem nenhuma chance de resolver algum problema, ou desvendar algum caso. Como faz esse seu novo amigo virtual, quase namorado e marido, mas já sei, vejo seu pensamento como se tivesse uma ligação de vários terabytes com sua mente, não se incomode, não mereço nenhuma explicação ou consideração. Não vou mais perder tempo, o meu tempo, prometendo mudar, ou fazer coisas novas, prefiro realmente começar cumprindo as coisas que prometi pra mim mesmo, dar um tempo na bebida e nas noitadas para te esquecer, me alimentar melhor, ir rever minha família. Mas no auge desse altruísmo todo, espero sinceramente que essa nova pessoa, esteja de quatro por seus encantos, aquele seu alguma coisa que tanto chama atenção que eu não sei o que é até hoje, mas que até hoje me impede de me apaixonar completamente por outra mulher novamente

E é bem provável que você algum dia, negue que tudo isso realmente aconteceu, que você negue que foi importante, negue que algo, ou que tudo mudou dentro de nós, da gente, para o resto de nossas vidas, assim, a perder-se de vista. Mas me lembro de tudo isso agora, toda noite que acordo, mas não importa, algumas pessoas apenas, não vieram ao mundo para ficarem juntas, digo juntas, mesmo sendo alguns encontros físicos e reais sejam super românticos, cheios de tesão e inesquecíveis. Vai ver que é isso que querem dizer quando falam que é apenas um jogo, e se você perdeu, não tem sentido, ficar assistindo o vídeo e estuprando no replay, para ver aonde errou, e rever o esquema tático, ou ver os melhores momentos. Só entre nesse jogo parceiro se você tiver culhões suficientes para saber perder, na esportiva. Eu perdi, uma, duas, três, várias vezes, eu perdi, nós perdemos, para nós mesmos, ou seja, perdemos para quem nós realmente somos, o que a gente é.



terça-feira, 14 de outubro de 2014

DONA DOS MEUS OLHOS...

LUZ DOS OLHOS



Um fato marcantemente engraçado, enfadonho até, que fez parte das minhas tardes de inverno, naquela sacada que dava de frente para a rua tranquila, cheia de árvores amareladas pelo vento frio, e sol morno de inverno daquela cidadezinha do sul, aonde me retirei por alguns meses afim de esquecer uma desventura tentando não lembrar o que me levou até ali, mas observando aquela garota todo fim de tarde, sentada no banco em frente ao condomínio de prédios cinzas, esperando pacientemente alguém que raramente aparecia, me fez recordar muitas coisas que eu tentava adormecer dentro de mim. Sempre a via ali, o mesmo jeans, o mesmo cachecol enrolado no pescoço, que deixava seus cabelos loiros em destaque e aquele rosto quase juvenil, os olhos extremamente verdes como a esperança de aguardar a chegada daquele cara com o carrão, até que um dia, ví somente ela indo embora e deixando um bilhete, não pude deixar de observar e depois de semanas vendo aquela cena todas as tardes de inverno, não me contive, e desci do meu lugar na sacada e fui ver o envelope cheiroso com seu perfume, não estava fechado, e li:

"Para me agradar não é preciso um anel de diamantes, jantares caros, sapatos de grife, carro do ano, cobertura com vista para o mar ou viagens para o exterior uma vez por mês. Para me agradar não é necessário abrir a porta do carro, beijar a minha mão ou me enviar 200 rosas colombianas. Para me agradar não é necessário fazer declarações de amor em redes sociais, me chamar de Deusa Grega, escrever poema romântico ou cantar uma música embaixo da minha janela. Para me agradar só é necessária uma coisa: me perceber."

E percebi naquele instante que estava curado da minha dor, e de tudo mais que até então fazia todo sentido, e tudo tornou-se uma nova página, tão verde quanto os olhos daquela garota e tão sublime quanto o cheiro do perfume da carta que ficou em minhas mãos...

UM PLANO PERFEITO PARA TE TER...

TRILHA SONORA DO PLANO

Tá certo... Finalmente depois de horas, semanas a fio de planejamento, finalmente bolei um plano infalível para ter você comigo, inspirado na saudade do teu cheiro, na lembrança das suas mãos alvas com aquele esmalte clarinho, e esse plano meio louco, até tosco,  consiste em você fingir fazer um jogo duro, me repelir como se eu fosse um pedreiro de obra todo sujo, esculhambado e ressentido, mas que quando faz aquela cantada grosseira, cheia de sacanagem, e arromba a porta da tua casa igual um tarado, bem como suas pernas e sua inocência nada perdida, faz você sentir seus pés saírem do chão, tira todo peso do mundo dos seus ombros franzinos, e tudo desaba, desanda, e você diz no meu ouvido baixinho, com um fio de voz e uma esperança de que tudo seja verdade, que seja real, que mesmo sendo a maior cagada da sua vida, que você nunca imaginou haver tanta culpa no céu, que o mundo ficou colorido, em tons do arco íris, que tudo é perfeito e as pessoas ficaram legais e se amam de verdade, depois que eu encasquetei que quero você pra mim, para sempre. Sempre sorrindo mais que os músculos da face possam suportar, e eu concordando acariciando seus cabelos vermelhos e mordendo sua orelha, falando baixinho que nossa história escrita em linhas tortas, de propósito para que nossas historias se cruzassem agora, enquanto eu me esqueço de tudo com seus encantos doces, quentes e úmidos e faço o sexo mais manso e desregrado, e mais irresistível e sexy, e mais carinhoso e duradouro da minha vida, tanto que você se perde em seus orgasmos por birra, ódio, lagrimas de choro e alegria, risos de loucura que se sincronizam com o balançar da sua cintura e pernas enlaçadas em mim, se controlando para não gozar novamente de pirraça, de birra e também de tanta vontade de nunca mais sair de onde você está e nunca mais deixar eu sair de onde eu nunca deveria ter entrado. E depois com beijos molhados gulosos, e mordidas doloridas, virando e rolando seus olhos, me convenço que as maiores paixões, os maiores amores, se acertam nos erros, quando a loucura e a entrega vencem a resistência e os medos de alguma forma. Recomeço com um beijo no canto de sua boca, aquele com um ponto de interrogação, que cabe a você decidir se acaba ou segue em frente ok? Então, vamos? E você pega na minha mão, entra no carro, ao meu lado, e eu te mostro o quanto dá para amar no caminho...


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Onde está o amor???




Nesse mundo maluco de hoje, de gente conectada, antenada nas redes sociais, em que as pessoas não se olham mais nos olhos,e sim olham fotos de perfis feitas em estúdio e trabalhadas no photoshop,  muito menos se percebem e se olham, nem de relance, e até mesmo se conversam como antigamente, em uma mesa de bar, a probabilidade de se apaixonar se reduz a quase zero. Elas preferem fazer qualquer outra coisa, estudar, ganhar dinheiro, viajar, viver outras experiências que não seja amar. Basta perguntar para seus conhecidos, fazer uma pesquisa, uma enquete que você chegará a essa conclusão:
-Ninguém mais se apaixona, ou crê no amor, por um simples fato, quanto mais se aprende sobre a vida, mais se sabe sobre suas dores, menos se apaixona. Uma equação simples, mas que se torna um grande problema de álgebra, com várias linhas de funções cabeludas.
O fundamento para esse fato é simples, a paixão nasce da ignorância (inocência), que diz que, quanto menos se sabe sobre você, mais se quer saber, mais vulnerável se fica. Simplesmente se ignora todos os sinais de alerta, de perigo.
A boa notícia, é que como eu disse, nos dias de hoje, ninguém quer saber de ninguém, querem que você se foda, com todas as letras. e só se importam com o próprio umbigo, todo mundo é muito cínico nessa hora.
A paixão virou demodê, coisa passada, antiquada e até brega.
E agora? Não tenho tempo pra isso, tenho sentido um raro momento de maturidade, e pretendo manter essa sensação, o máximo possível, não é como se estivéssemos tomados de um paixão impossível de controlar, e também não é isso que pretendo fazer, acho que tudo tem limite, e o meu já cruzei  a muito tempo, tanto é que olho pra trás e não consigo ver mais esse limite. Só a poeira...



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um amor... Ou quase amor...Ou mais...




Vejo muitas histórias, transcorrerem por meus olhos e minha mente, como filme em câmera lenta, de minha juventude perdida, ou de minha vida adulta um tanto critica e racional demais, que se entrega a mais deliciosa e saudável ociosidade que resulta de uma tranqüila e feliz vida amorosa.

Vejo muitas mulheres de 20,30 e poucos anos ou quase, ou um pouco mais, e me encanto as vezes com suas histórias e suas belezas maduras, seus sorrisos que escondem uma história, bela ou triste, um pouco sofridas ou ainda em busca ainda do amor perdido, ou desperdiçado da juventude, ou vivendo um quase amor...

Quase amor é um lugar estranho e ao mesmo tempo familiar. Quase amor é um sentimento estranho de amar sem nunca ter amado. Quase amor é aconchegante e inóspito. Enérgico e gélido. É como quando você tem um déjà vu ao entrar numa rua ladrilhada dessas de cidade histórica, e tem aquela estranha sensação de que já se ferrou antes. Um lugar aonde você jamais esteve, porém consulta sua memória rígida buscando reconhecer árvores, calçadas e telhados e rostos, cabelos ao contraste da luz e do céu, de cheiros de perfume e jasmim, . Uma saudade abstrata pressiona o peito. 

Esse quase amor, que quase sempre nunca acontece, ou sempre se transveste de coisas certas na hora errada, pessoas legais em momentos ruins, emoções confusas que se confundem com amor, esse quase amor, esse quase, que acaba sendo um único sopro de esperança para quem precisa de um amor... Que sufoca o peito...

Essa sensação de quase, que nos impulsiona para que se procure um todo, mas que se vive em pedaços, em fragmentos, como pecas de um quebra cabeça de lembranças do que foi sem nunca ter acontecido, de sensações e momentos que nunca foram vividos,  e de um amor que só existe naquela caixinha escondida dentro de nossa mente, esperando somente um coadjuvante para ser interpretado, como um enredo de Hollywood, em avant premiere, um amor, que veio de muitos quase amores, e que finalmente um dia, deixou de pressionar e sufocar o peito.