Tá certo... Finalmente depois de horas, semanas a fio de planejamento, finalmente bolei um plano infalível para ter você comigo, inspirado na saudade do teu cheiro, na lembrança das suas mãos alvas com aquele esmalte clarinho, e esse plano meio louco, até tosco, consiste em você fingir fazer um jogo duro, me repelir como se eu fosse um pedreiro de obra todo sujo, esculhambado e ressentido, mas que quando faz aquela cantada grosseira, cheia de sacanagem, e arromba a porta da tua casa igual um tarado, bem como suas pernas e sua inocência nada perdida, faz você sentir seus pés saírem do chão, tira todo peso do mundo dos seus ombros franzinos, e tudo desaba, desanda, e você diz no meu ouvido baixinho, com um fio de voz e uma esperança de que tudo seja verdade, que seja real, que mesmo sendo a maior cagada da sua vida, que você nunca imaginou haver tanta culpa no céu, que o mundo ficou colorido, em tons do arco íris, que tudo é perfeito e as pessoas ficaram legais e se amam de verdade, depois que eu encasquetei que quero você pra mim, para sempre. Sempre sorrindo mais que os músculos da face possam suportar, e eu concordando acariciando seus cabelos vermelhos e mordendo sua orelha, falando baixinho que nossa história escrita em linhas tortas, de propósito para que nossas historias se cruzassem agora, enquanto eu me esqueço de tudo com seus encantos doces, quentes e úmidos e faço o sexo mais manso e desregrado, e mais irresistível e sexy, e mais carinhoso e duradouro da minha vida, tanto que você se perde em seus orgasmos por birra, ódio, lagrimas de choro e alegria, risos de loucura que se sincronizam com o balançar da sua cintura e pernas enlaçadas em mim, se controlando para não gozar novamente de pirraça, de birra e também de tanta vontade de nunca mais sair de onde você está e nunca mais deixar eu sair de onde eu nunca deveria ter entrado. E depois com beijos molhados gulosos, e mordidas doloridas, virando e rolando seus olhos, me convenço que as maiores paixões, os maiores amores, se acertam nos erros, quando a loucura e a entrega vencem a resistência e os medos de alguma forma. Recomeço com um beijo no canto de sua boca, aquele com um ponto de interrogação, que cabe a você decidir se acaba ou segue em frente ok? Então, vamos? E você pega na minha mão, entra no carro, ao meu lado, e eu te mostro o quanto dá para amar no caminho...
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