sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Se liga garota, ele só quer te comer...






Você conheceu um cara incrível ontem na balada. Ele é amigo do namorado da prima da sua amiga da boate. Não importa, ele gostou de você, gostou do seu batom vermelho, do seu riso debochado, quase sem graça e do cheiro que sentiu quando você chegou perto pra dar um ‘oi’. A malícia nos olhos dele deixou claro que ele sabia o que o seu oi significava: você queria fumar um cigarro, nua, na janela do apartamento dele, enquanto ele adormecia, exausto e satisfeito, com os seus gemidos ainda ecoando no quarto desarrumado.

E você – cujos olhos têm malícia também – soube ler no sorriso dele que ele queria mesmo arrancar sua calcinha no final da noite, sem ter que pedir seu whats, nem conhecer sua mãe, nem saber qual é o seu prato preferido e nem te chamar pra jantar no sushi da moda.

No fundo, no fundo – e do alto da sua safadeza genuinamente inocente – pouco te interessa se ele vai ligar no dia seguinte; não te interessa se ele ronca ou peida, porque você vai sair de fininho quão logo estiver saciada. Vai fechar a porta devagar e pegar o primeiro táxi. Sem deixar nem um bilhete na geladeira – porque, pra você, foi o suficiente. O agora valeu a pena e não precisa ter depois.

E quando você está quase absolutamente convencida do seu direito de fêmea independente cheia de idéias – pensando bem, não é um direito, é uma vontade mesmo – de querer só sexo casual, a sua amiga politicamente correta e entediante até a alma, fala alto no seu ouvido (por causa da música contagiante, que seria capaz de te salvar de ouvir aquela asneira): “Cai fora, ele só quer te comer!”

Ele só quer te comer. Como se você tivesse saído pra a noite, com a sua micro calcinha recém comprada e suas boas doses de tequila pra procurar um casamento. Um cara que tivesse um bom emprego e uma mãe menos chata que as sogras que você já teve. Que bebesse pouco e quisesse ter filhos, que não roncasse e também quisesse uma lua de mel em Veneza – porque qual mulher não quer uma lua de mel em Veneza? – ah, é, você não quer. Você só quer transar – e qual é o problema nisso?

Então, junto com essa nossa tão sonhada e, pouco a pouco conquistada liberdade sexual, deveria vir um manual de instruções sobre como se livrar da hipocrisia (e como ensinar isso às nossas amigas certinhas). Pra que toda mulher que quer sexo casual compreenda que não há nenhum desvio de caráter em um homem que quer só sexo casual. E isso quer dizer que não há nada de errado no fato de ele só querer te comer, desde que isso fique claro pra você – é como um ‘li e aceito os termos de uso’ – ninguém engana ninguém e os interesses coincidem.

Então você aprendeu que não há nada de errado em querer sexo casual. E não há nada de errado em um homem só querer sexo casual com você – isso não te faz uma biscate. Isso não significa que você não é digna de alguém que te dê mais que sexo: Pode significar – e significa, muitas vezes – que você simplesmente não quer alguém que te dê mais que sexo. E então, depois de jogar toda a hipocrisia na primeira lixeira pública, encha o peito pra responder à sua amiga politicamente careta: – Ele só quer me comer?! – ótimo. Eu só quero comê-lo também. Segue o baile...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

NÃO VAMOS ESTRAGAR AS COISAS...




Nos esbarramos num show desses por ai, eu derramando toda minha cerveja em você e você me xingando estatelada no chão, mas quando nossos olhos se cruzaram, quando lhe estendi a mão para te levantar, foi como se tudo estivesse parado em nossa volta e só existisse eu e você, e ficamos ali, nos olhando, como se a toda hora, desse um replay, de um monte de sensações. Parecia um reencontro, muita coisa em comum, e uma ânsia de descobrir mais e mais coisas dela. Só me liguei quando ela disse “foi tudo tão bacana, que não quero estragar tudo trocando telefones e-mail, essas coisas” eu não soube o que dizer, nem agi, nem dei um último beijo, cai num precipício e fiquei mais constrangido com essa conversa do que com as outras coisas sem noção que fizemos na frente do palco, na frente dos amigos dela, no meio daquele amontoado de gente. Você está certa, garota de olhos verdes, saia de hippie, sandálias de couro que davam pra ver seus pés bem feitos, e uma jaqueta de couro surrada. Eu queria tanto, mas tanto que a gente nunca sabe se vai durar uma noite ou uma vida toda. Uma vida toda pode ser três décadas, três anos, três meses, três dias ou, como no nosso caso, apenas três horas no meio de um memorável show de rock...Olha, não sei o que dói mais. Quando acaba, quando sentimos que acabou, quando a gente precisa cair na real que acabou e já faz tempo, ou que nunca começou...

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

MANIA DE AMAR...





Sempre fui muito tímido nas coisas do amor. Desde guri, sempre fui o último a ser escolhido, desde gurias, até o time de futebol. Sempre olhei muito, observei, e muitas vezes "lambi com a testa e arei o chão com o chifre" como dizem por aqui. Sempre tive muito medo de escutar um sonoro não, e fui contraindo meu coração e minha alma, como uma mola, e para dilatar uma alma contraída não existem muitas opções. Só duas coisas são capazes de me arrepiar : um toque seu carregado de ternura ou uma harmonia de um belo solo de guitarra. A única coisa que realmente importa, acontece no pátio em intervalos, em cantos escondidos, e em tantos outros lugares, menos nas salas de aula, com teorias sobre o sexo dos anjos. Seja qual for a história, o enredo, ou se houver uma canção narrando sua situação, e que você pense que seja o roteiro da sua vida, não importa o que disserem ou o que estiver escrito. É amor. Amar é alegria sem motivo, é sofrer choque térmico quando chega a hora de dar tchau, é implicar com o jeito do outro, brigar no meio da rua, pegar na mão, e fazer as pazes ali mesmo. Amar é brincar de briguinha e brigar por nada,  é dizer que vai amar pra sempre, mas como dizia a canção, o pra sempre, sempre acaba... Amar é dar beijos e cheiros em lugares estranhos em locais inadequados, é beber no mesmo copo. É ter apelidos ridículos, e rir um do outro por coisas bobas. Amar é uma cumplicidade dividida a dois, e somada todos os dias...Então eu digo: Quantas chances de viver loucuras memoráveis,  a gente desperdiça com essa mania besta de pensar e amar?

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Pede qualquer coisa, menos o esquecimento...






E durante algumas discussões sobre a vida, sobre nós e o destino do mundo, a ração do cachorro chato e pentelho, que você insiste em trazer para meu apartamento, você explode enfiando os dedos nessa cabeleira solta e ainda úmida do banho...Grita e esperneia soluçando. Fica aí então no meu sofá, bufando mais um pouco, roubando o oxigênio da minha esperança, que se afoga em cada gota de lágrima. Fica aí e me pede qualquer coisa, água, wisk, fala qualquer coisa,  pede meus pés para caminhar, ou mais um pedaço de pizza, ou um strip-tease, ou me pede em casamento. Não me dê conselhos, nem diga para eu esquecer todos os momentos legais, intensos e até um pouco cult de nós, os livros e discos de vinil... Não quero ter recordações. Não quero ir em festas. Não quero assistir futebol. Não me pergunte as horas, o último relógio voou numa parábola com destino ao lago de um parque qualquer. Não me crie teorias a respeito de nós, do que fomos e o que nos tornamos. Não me lembre do seu afilhado. Não pense sobre onde está indo isso, e que rumo vai tomar. Não ligue pra sua mãe. Não fale dos seus medos. Não ame mais ninguém, que não seja eu, engolindo junto com teu choro desesperado, as lagrimas salgadas dessa despedida....

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

:Um amor verdadeiro...






Aprendi com o tempo a ter paciência para tudo nessa vida, coisa que não tinha, tudo tinha uma pressa enorme de ser para ontem, e vivia um tumulto constante de obrigações a fazer versus expectativas a serem preenchidas. E a cada desacerto eu começava um outro "projeto" para esquecer o que não deu certo. Digo "projeto", minhas desventuras amorosas, que depois de enterradas no passado, algumas insistem em virar um "The Walking Dead" da vida real, me assombrando vez por outra, e me dando sustos na minha pacata vida. Lembrando algumas daria um belo livro de histórias, ou manual do que não fazer, ou o que não esperar. 
Mas voltando ao tempo, não posso negar que o tempo foi generoso comigo, foi até certo ponto amigo, não me cobrando a conta de algumas coisas, e posso até afirmar que "tô bem".... e, você, foi a melhor coisa que meu amigo tempo, me deu, a melhor delas certamente foi a chance de escolher, escolher entre minha vida de "projetos" e você, escolhi ficar contigo e atravessar com algum alívio e serenidade os dias que eu quero simplesmente morrer pra não ser intimado novamente sobre meus erros do passado, a depor ou confessar, e sobre o meu sumiço por alguns anos. Você me ensinou muitas coisas, a melhor delas, me ensinou que o amor verdadeiro sempre espera um pouco mais pelos abraços atrasados, que são reservados para você. O amor verdadeiro se extravasa de todas as formas e fala com as mãos como um nono italiano torcendo no jogo do Palestra. O amor verdadeiro desfaz diferenças e tornam iguais, os pensamentos, as vontades e o futuro...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Ressaca de tudo que se pode dizer sobre o amor






Acordo e abro os olhos, lembrando da última noite, perambulando sem rumo, som no carro, e respirando o seu perfume que ficou impregnado no estofado do carro, escutando a trilha sonora mansa e lembrando do seu sarcasmo, desmentindo e me enganando como se sempre fosse o diabo atentando a nossa conversa, então eu em pleno desespero poético de um roteirista imitando Nelson Rodrigues ordeno: tira esse riso ridiculamente sórdido dessa boca vermelha, não vá pensando que essas palavras jorram da minha garganta como um analgésico verbal pro meu desconforto, é por você. A dor é meramente um quadro ilustrativo, ela é psicológica, de fazer tortura, como naqueles filmes de guerra. Ninguém nunca, jamais, nem nos meus piores pesadelos me fez sofrer, nunca me obrigariam a isso, sempre que sofri por alguém foi porque quis, porque me entreguei, não por julgar que valessem a lágrima, cada dose de bebida, cada uma delas. Se corri tanto atrás de você foi pela ideia fixa de fazer justiça com as próprias pernas, e de conquistar cada pedaço de você. Eu poderia me reinventar, recriar um mundo te contando como passei meus últimos dias, mas penso que tudo seria meio incompleto, meio que, faltando pedaços, só sei do gosto de whisk e preguiça que não levantam comigo, misturados com o perfume agressivo de outras mulheres que dormi junto desejando acordar nunca mais. As conversas chatas, os sabores de beijos secos que não se sobrepõem ao seu na minha língua, as músicas altas demais que ouço com a manifesta intenção de estourar um tímpano, e explodir dentro de mim tudo que você ainda representava, e vejo que minha ressaca é maior do que ficou pra trás.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Momentos, eu só vivo o agora!!!



"Eu vivo o momento!!!". Quantas vezes eu escuto isso, de amigas, conhecidos, pelo whats, post de facebook, conversas de bar depois de umas tantas, ou até mesmo por puro despeito de quem levou um passa fora, ou famoso pé no rabo. Que clichê horroroso, pra não dizer cafona, até escroto. Não existe isso de momento. Quem vive de momento é flash de máquina fotográfica. Um momento só é um momento digno de nota quando todos os instantes significativos que sucederam antes de chegar a sua hora valeram a pena. Aprenda isso. E também há os momentos subsequentes, diga-se divagações. Ou seja, é ilusão achar que esse troço gostoso que poderia estar acontecendo entre nós lá em cima, no conforto de nosso quarto agora às 23:59, seria apenas fruto isolado do agora e não um ato cheio de respostas e promessas, de sonhos, projetos e até mesmo algumas decisões. Somente você, nesse seu um metro e sessenta de tamanho consegue me fazer esquecer tudo que eu tinha de certo em minha cabeça, bagunçando minhas ideias e pregando na parede meus paradigmas como se fossem quadros a serem expostos para o escárnio do seu sorriso maroto. Eu não quero mais viver momentos, coisas sem significados, lembrar o antes e o depois. Não quero esquecer o passado e nem descartar o futuro. Ando sofrendo de uma fobia nova, sem nome científico ou nomenclatura. Estou vivendo meu momento de agora e já contigo. Me deixa ir embora, pra casa, por favor. Um momento de redenção, e liberdade...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Fui ser feliz (Depois da D.R.)




Depois de dias, semanas em uma louca paixão, esquecendo do tempo e dos compromissos, chegou aquele momento da DR (Discutir a Relação) em que se torna inevitável. São duas horas discutindo sobre um amor do qual reluto em ainda querer fazer parte. Suas palavras, mesmo em alto e bom português, parecem uma língua estranha estridente e sem nexo, mas não a que eu entendia quando estávamos com nossas línguas enroladas, conversando a linguagem universal do sexo e da sacanagem. Eu poderia muito bem gritar, esbravejar, sapatear igual criança mimada igualmente, se você não estivesse tão cega, tão fora de si, tão louca. Tenho um segredo, um não, muitos segredos pra lhe contar: seus heróis também tem defeitos, todos eles escondidos atrás do sorriso colgate no comercial de tv a cabo. Seus ideais, estão com o cronograma atrasado. O ferimento em si dentro do meu coração que me sufoca, como se ele batesse em duplicidade como as lembranças de nós, nem dói tanto quanto ver sua intenção em me ferir, com coisas que não são verdade, nem estão perto de ser a realidade. Palavras tão pequenas de quem parece não ter mais nada a perder, somente uma avalanche de espinhos, de coisas a dizer, sempre sem pensar. Percebo que para você, nada mais importa, nem mesmo aonde eu esteja, preso num cubículo sem ideias ou caminhando livre na chuva, já não adianta sonhar, se em todo amanhecer preciso olhar no espelho e dizer para mim mesmo que aqui é o lugar, aqui é o seu lugar. Todos os seus gritos me deixam com a impressão de que estou sempre atrasado, ou pior, sempre errado, fora de moda, meio brega, e que já estive por aqui por tempo demais, enchendo o saco. Fico rouco diante de perdões formais, frases feitas que dirá quando a solidão se manifesta tão necessária, tão fundamentalmente esperada. A partir de hoje, só o que for muito, muito leve, bonito e fácil, prenderá meus dias e meu sentimento. A grande maioria desiste. Eu, só estou abrindo mão. Não me chame de covarde. Concordo contigo, também aconteceu comigo: o meu coração partiu. Para outro lugar. Foi passear em um lugar mais livre, alegre, em busca da felicidade. Como diz aquele velho clichê, fui... Fui ser feliz e não volto."

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

SEJA HOMEM DE VERDADE...




O feminismo detesta a natureza frágil feminina, busca se tornar aquilo que elas odeiam, que é o homem, se utilizando dos direitos civis como fachada. Odeiam o machismo (características masculinas e que em consequência protegem a mulher). 

Se você fizer uma busca pela internet em sites masculinos e femininos e também nos blogs pessoais vai descobrir que ninguém chega mesmo à conclusão do que mede a masculinidade. Mulheres querem homens lindos, maravilhosos, sarados, atenciosos, românticos, bem-sucedidos, másculos, mas que saibam ser submissos quando a situação for apropriada. Homens querem ser machos, ter os melhores gadgets, serem bem-sucedidos, fugir de trabalhos domésticos e ter a capacidade de ser um inesquecível deus do sexo para qualquer mulher que apareça na frente. Isso é ser homem? Também não dá para saber.

Só que se pegarmos alguns ídolos antigos e modernos, reais ou fictícios, como Sean Connery, George Clooney, Russel Crowe, Javier Bardem, Johnny Depp, Brad Pitt, José Mayer e até mesmo Barack Obama, veremos que existem algumas características que vão muito além do excesso de testosterona. Aqui, arriscamos algumas delas:

1) Saiba falar: você não precisa declamar as coisas como um refugo do século XVIII, mas se seu vocabulário se restringe a "mano", "certo", "só" " belê" ou a famosa frase atribuída aos cariocas que não leva consoante, "ih, ó o auê aí, ô", então você vai ter problemas sérios. Isso porque uma retórica errada, vai levar você a não conseguir se expressar direito ou ser muito mal-compreendido. Quem não se comunica se trumbica.

2) Mantenha-se informado: existem várias coisas acontecendo no mundo além do campeonato brasileiro. Saiba um pouco mais desses eventos, pesquise, leia ou se morre de preguiça de acompanhar letrinhas com os olhos, pelo menos, assista algum noticiário na TV. E, por favor, prestando atenção.

3) Pratique alguma atividade física: você não precisa ser halterofilista ou rato de academia, mas cuidar do corpo é algo obrigatório hoje em dia com essa vida estressante nos escritórios. Acredite no fato que quando você tem uma máquina bem desenvolvida sua performance no trabalho, no lazer e principalmente na cama fica muito melhor.

4) Saiba beber: bebida alcoólica e homens têm uma relação amorosa desde os tempos antigos das tavernas e saloons e seguramente ninguém pedia algo que vinha com enfeitinhos no copo. Atente-se, porém na quantidade que vai ingerir, porque macho que é macho não cai de bêbado (nem leva multa por causa disso). E, em tempo, saiba preparar pelo menos um drinque decentemente.

5) Tenha um aperto de mão forte: não dá para segurar a mão de ninguém com os dedos moles. Isso passa uma sensação totalmente desagradável ao interlocutor. Tenha presença e marque seu território. Seja homem...

6) Olhe nos olhos: tai algo que acompanha o aperto de mão. Um homem de verdade não desvia o olhar ou baixa os olhos quando está conversando com os outros. Mesmo porque isso equivaleria ao cachorro que coloca o rabo entre as pernas. Mostre que você não tem nada a esconder.

7) Saiba como tratar uma mulher: ou seja, tenha muito respeito. Seja atencioso, gentil, cavalheiro, sempre disposto a pagar a conta e não a enxergue como frágil e inferior. Se ela for feminista demais, acha cavalheirismo algo ultrapassado e se ofende quando você tenta ter um gesto gentil, então fuja, porque um homem de verdade precisa mesmo é de uma mulher de verdade.

8) Tome decisões (e saiba que poderá falhar): um homem de verdade aceita e entende o poder de escolha que ele tem em sua vida. Ele decide que portas abrir e quais fechar e se tomou algum caminho errado, é humilde o bastante para assumir que errou e refaz sua trilha de cabeça erguida.

9)Saiba expressar o que sente: não há vergonha nenhuma em colocar para fora o que realmente está guardado no seu peito. Seja em um relacionamento amoroso ou até mesmo em certos graus de amizade profunda (com outros homens, inclusive), ter a segurança de expressar seus sentimentos não fere a sua masculinidade. Pelo contrário, mostra que você realmente sabe quem você é.

10) Seja você mesmo e questione sempre: homens de verdade não precisam seguir multidões e nem devem buscar aprovação o tempo todo. Na verdade, eles se aceitam e sempre revisitam sua maneira de ser, buscando mudar. Com isso, não aceitam verdades dadas de graça, questionam fórmulas prontas, dispensam explicações e abraçam a ambiguidade. Ou seja, homens de verdade não se importam com o que é ser um homem de verdade.

Então nem sei porque escrevi tudo isso... Homem de verdade, faz...













Adaptado via portal Terra

O TEMPO NÃO PARA...






Você se ilude achando que tem ainda alguns anos para dizer o que realmente importa às pessoas que ama, ou fazer algo que faça a diferença? Você ainda acha que a adolescência é um estado de espírito permanente em sua vida que já está quase ao final do seu balzaquianismo? Seria uma doce ilusão se tudo isso que você propaga aos quatro ventos fosse a realidade, real e verdadeira.
"- Eu vivo loucamente um dia de cada vez! Minha vida é uma viagem maluca sem escalas! Vou aproveitar mesmo, já que não me deram valor! Vou ter um harém de homens! Sou poderosa, basta estalar os dedos que tenho qualquer um! Não quero compromisso com ninguém, quero ser livre sem dar explicações!"
Seu tempo acabou garota. É hora de pensar e repensar seriamente sua contribuição diária a vida, ao mundo e o mais importante, a você mesma. A gente só vive uma vez, e desperdiçar vinte, trinta e poucos anos se comportando como se tivesse quinze, é realmente passar pela vida, você tem certeza que você é aquilo que gostaria de ser? Exigir o que você mesma, sinceramente não faz ou nunca fez seria um pouco demais, a essa altura do campeonato. Já não somos mais tão jovens. Você já comprou aquela cobertura e o carro importado com o salário do seu super emprego como mega executiva de uma multinacional? Esqueci... Esses eram seus sonhos de adolescência a quantos anos atrás não é mesmoOlha uma foto sua de quando era criança e compare com o que você se tornou. Se você morrer hoje (acredite, pode acontecer, a probabilidade é boa), é assim que você gostaria de ser lembrado? Esse é o legado que você quer deixar pra ser lembrado no futuro?  É hora de deixar de ser mimada, pra não dizer babaca. Não é fácil, ninguém disse que seria, só disseram que lá no final, valeria a pena. Qual vai ser sua próxima desculpa? Não quero dar lição de moral, nem ser melhor ou seja lá o que for. Apenas falo tudo isso garota, por ficar horas, dias e semanas escutando suas reclamações e lamentos. Sem fazermos o que realmente importa. Espero que você realmente siga em frente e daqui algum tempo me diga, "Estou recomeçando."

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Everything Changes (Tudo muda...)




Hoje é sexta. Dia do happy-hour, da paquera, e da boemia noturna. Dia de buscar na agenda do celular, uma letra para poder ligar, mesmo porque quase toda sua agenda, é de alguém que já foi um rolo, ou tem grandes chances de ser. Chego e paro num nome e fico lembrando... Meus últimos relacionamentos duraram bem pouco tempo. Pouco tempo mesmo. Começou a ser assim quando eu ainda ia para a escola de ônibus. Conheci aquela garota no ônibus, que estava lotado, quando o semáforo ficou vermelho enchia cada vez mais. Ela vestia uma camiseta preta do Pink Floyd e tinha um arco iris de cores no cabelo predominantemente preto, nada de maquiagem, mas um cheiro de Anais Anais enebriante. Eu olhei, tirei a cara que estava enfiada no jornal vendo as notícias policiais. Eu olhei, ela me viu. Eu desviei o olhar, antes da garota desistir também.

Voltamos a nos olhar e nos medir de cima embaixo. E sorrimos, inevitavelmente. Ela fez um biquinho doce e teatral com os lábios, sinalizando a vontade de um beijo inocente, e ao mesmo tempo quente como o calor que faz por aqui no verão. Me animei e num raro lampejo de maturidade e coragem, botei a língua pra fora, girando a pontinha  num movimento nada-sexy, diria até meio escroto. Ela riu, baixou levemente os olhos, me achando um retardado. Eu me estufei de orgulho por conseguir tirar aquele riso lindo, daquela garota estranha.
O semáforo abriu e a gente parou de se ver. Ela tinha descido naquele ponto. Ainda me virei todo para dar uma última olhada por cima do ombro. Não tinha como dar certo mesmo. Estávamos em lugares diferentes da relação, vivendo em direções opostas, querendo coisas diferentes, momentos diferentes e a coisa andava rápida demais entre nós, imagina só,  e acho também que as amigas dela não gostavam de mim, tinham uma ponta de inveja e ciúmes. Mas foi bom o quanto durou o encanto e inesquecível, enquanto duraram aqueles trinta segundos.
Mas como eu disse, hoje é sexta, e se eu achar uma garota que valha a pena me encantar, que seja por apenas trinta segundos, ou pela vida toda, já valeu tudo isso...

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SINTO SAUDADES DO NADA




Guardo algumas coisas em caixinhas, lembranças, presentes, agendas e cartas, de pessoas importantes, ou que se fizeram importantes, ou mesmo que me marcaram em algum momento de minha vida. Vez por outra busco remexer nessas lembranças até mesmo como uma prática saudável das lembranças e encontrei um bilhete em papel azul, letra bonita, redonda, bem feita, ainda com um cheiro de perfume de mais de duas décadas, e o conteúdo, escrito como um desabafo

"Sinto sua falta me pegando, de surpresa, como uma qualquer que conheceu na rua. Não sou muito romântica, dessas de jantar à luz de vela e toda essa parafernália. Por mim, a gente pula na cama para a cena de sexo. Você me diz que eu tenho muita testosterona, às vezes brinca de me pedir emprestado. Você acha que a gente não precisa fazer todos os dias. Falo que não sou romântica, mas sou. Escuta, de uma vez, eu poderia dizer que voltamos à estaca zero, mas esta foi cravada no dia que a gente se encontrou, do nada, nos olhamos. Depois de tirar um pouco os pés do chão, caímos juntos e abraçados num poço escuro e vazio e sem fim. Agora estamos no negativo, a gente simplesmente deve algo um pro outro. E nem vem, não adianta, quem ama o difícil, muito fácil lhe parece. Sei da sua indolência, sua indecência mas quero tentar mesmo assim, teu passado não me interessa, porque já não dá mais pra passar um dia sem que minha história conte um pouco da sua. Cada vez que eu for até sua boca, é um degrau de subida, uma subida sem final,  a gente já foi fundo, fundo demais, não há mais como cair. De agora em diante, o maior risco que a gente corre é ser feliz."

Juro que tentei me lembrar mais, mas a única lembrança é do gosto do batom de uma despedida no aeroporto, do desse bilhete no bolso, e um horizonte infindável... 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Não sabe brincar, não desce pro play...





Eu queria as vezes acordar desse sono taciturno de ontem e acordar no meio de mais um de nossos erros, sem culpa ou qualquer sentimento que cause dor, somente relembrar as nossas conversas na cozinha, com cheiro de café fresco e ver teu sorriso branco decorado por sua boca vermelha, sem vontade de mudar nada nesse mundo injusto e cinza, que revejo a cada anoitecer frio e solitário, sem nenhuma chance de resolver algum problema, ou desvendar algum caso. Como faz esse seu novo amigo virtual, quase namorado e marido, mas já sei, vejo seu pensamento como se tivesse uma ligação de vários terabytes com sua mente, não se incomode, não mereço nenhuma explicação ou consideração. Não vou mais perder tempo, o meu tempo, prometendo mudar, ou fazer coisas novas, prefiro realmente começar cumprindo as coisas que prometi pra mim mesmo, dar um tempo na bebida e nas noitadas para te esquecer, me alimentar melhor, ir rever minha família. Mas no auge desse altruísmo todo, espero sinceramente que essa nova pessoa, esteja de quatro por seus encantos, aquele seu alguma coisa que tanto chama atenção que eu não sei o que é até hoje, mas que até hoje me impede de me apaixonar completamente por outra mulher novamente

E é bem provável que você algum dia, negue que tudo isso realmente aconteceu, que você negue que foi importante, negue que algo, ou que tudo mudou dentro de nós, da gente, para o resto de nossas vidas, assim, a perder-se de vista. Mas me lembro de tudo isso agora, toda noite que acordo, mas não importa, algumas pessoas apenas, não vieram ao mundo para ficarem juntas, digo juntas, mesmo sendo alguns encontros físicos e reais sejam super românticos, cheios de tesão e inesquecíveis. Vai ver que é isso que querem dizer quando falam que é apenas um jogo, e se você perdeu, não tem sentido, ficar assistindo o vídeo e estuprando no replay, para ver aonde errou, e rever o esquema tático, ou ver os melhores momentos. Só entre nesse jogo parceiro se você tiver culhões suficientes para saber perder, na esportiva. Eu perdi, uma, duas, três, várias vezes, eu perdi, nós perdemos, para nós mesmos, ou seja, perdemos para quem nós realmente somos, o que a gente é.



terça-feira, 14 de outubro de 2014

DONA DOS MEUS OLHOS...

LUZ DOS OLHOS



Um fato marcantemente engraçado, enfadonho até, que fez parte das minhas tardes de inverno, naquela sacada que dava de frente para a rua tranquila, cheia de árvores amareladas pelo vento frio, e sol morno de inverno daquela cidadezinha do sul, aonde me retirei por alguns meses afim de esquecer uma desventura tentando não lembrar o que me levou até ali, mas observando aquela garota todo fim de tarde, sentada no banco em frente ao condomínio de prédios cinzas, esperando pacientemente alguém que raramente aparecia, me fez recordar muitas coisas que eu tentava adormecer dentro de mim. Sempre a via ali, o mesmo jeans, o mesmo cachecol enrolado no pescoço, que deixava seus cabelos loiros em destaque e aquele rosto quase juvenil, os olhos extremamente verdes como a esperança de aguardar a chegada daquele cara com o carrão, até que um dia, ví somente ela indo embora e deixando um bilhete, não pude deixar de observar e depois de semanas vendo aquela cena todas as tardes de inverno, não me contive, e desci do meu lugar na sacada e fui ver o envelope cheiroso com seu perfume, não estava fechado, e li:

"Para me agradar não é preciso um anel de diamantes, jantares caros, sapatos de grife, carro do ano, cobertura com vista para o mar ou viagens para o exterior uma vez por mês. Para me agradar não é necessário abrir a porta do carro, beijar a minha mão ou me enviar 200 rosas colombianas. Para me agradar não é necessário fazer declarações de amor em redes sociais, me chamar de Deusa Grega, escrever poema romântico ou cantar uma música embaixo da minha janela. Para me agradar só é necessária uma coisa: me perceber."

E percebi naquele instante que estava curado da minha dor, e de tudo mais que até então fazia todo sentido, e tudo tornou-se uma nova página, tão verde quanto os olhos daquela garota e tão sublime quanto o cheiro do perfume da carta que ficou em minhas mãos...

UM PLANO PERFEITO PARA TE TER...

TRILHA SONORA DO PLANO

Tá certo... Finalmente depois de horas, semanas a fio de planejamento, finalmente bolei um plano infalível para ter você comigo, inspirado na saudade do teu cheiro, na lembrança das suas mãos alvas com aquele esmalte clarinho, e esse plano meio louco, até tosco,  consiste em você fingir fazer um jogo duro, me repelir como se eu fosse um pedreiro de obra todo sujo, esculhambado e ressentido, mas que quando faz aquela cantada grosseira, cheia de sacanagem, e arromba a porta da tua casa igual um tarado, bem como suas pernas e sua inocência nada perdida, faz você sentir seus pés saírem do chão, tira todo peso do mundo dos seus ombros franzinos, e tudo desaba, desanda, e você diz no meu ouvido baixinho, com um fio de voz e uma esperança de que tudo seja verdade, que seja real, que mesmo sendo a maior cagada da sua vida, que você nunca imaginou haver tanta culpa no céu, que o mundo ficou colorido, em tons do arco íris, que tudo é perfeito e as pessoas ficaram legais e se amam de verdade, depois que eu encasquetei que quero você pra mim, para sempre. Sempre sorrindo mais que os músculos da face possam suportar, e eu concordando acariciando seus cabelos vermelhos e mordendo sua orelha, falando baixinho que nossa história escrita em linhas tortas, de propósito para que nossas historias se cruzassem agora, enquanto eu me esqueço de tudo com seus encantos doces, quentes e úmidos e faço o sexo mais manso e desregrado, e mais irresistível e sexy, e mais carinhoso e duradouro da minha vida, tanto que você se perde em seus orgasmos por birra, ódio, lagrimas de choro e alegria, risos de loucura que se sincronizam com o balançar da sua cintura e pernas enlaçadas em mim, se controlando para não gozar novamente de pirraça, de birra e também de tanta vontade de nunca mais sair de onde você está e nunca mais deixar eu sair de onde eu nunca deveria ter entrado. E depois com beijos molhados gulosos, e mordidas doloridas, virando e rolando seus olhos, me convenço que as maiores paixões, os maiores amores, se acertam nos erros, quando a loucura e a entrega vencem a resistência e os medos de alguma forma. Recomeço com um beijo no canto de sua boca, aquele com um ponto de interrogação, que cabe a você decidir se acaba ou segue em frente ok? Então, vamos? E você pega na minha mão, entra no carro, ao meu lado, e eu te mostro o quanto dá para amar no caminho...


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Onde está o amor???




Nesse mundo maluco de hoje, de gente conectada, antenada nas redes sociais, em que as pessoas não se olham mais nos olhos,e sim olham fotos de perfis feitas em estúdio e trabalhadas no photoshop,  muito menos se percebem e se olham, nem de relance, e até mesmo se conversam como antigamente, em uma mesa de bar, a probabilidade de se apaixonar se reduz a quase zero. Elas preferem fazer qualquer outra coisa, estudar, ganhar dinheiro, viajar, viver outras experiências que não seja amar. Basta perguntar para seus conhecidos, fazer uma pesquisa, uma enquete que você chegará a essa conclusão:
-Ninguém mais se apaixona, ou crê no amor, por um simples fato, quanto mais se aprende sobre a vida, mais se sabe sobre suas dores, menos se apaixona. Uma equação simples, mas que se torna um grande problema de álgebra, com várias linhas de funções cabeludas.
O fundamento para esse fato é simples, a paixão nasce da ignorância (inocência), que diz que, quanto menos se sabe sobre você, mais se quer saber, mais vulnerável se fica. Simplesmente se ignora todos os sinais de alerta, de perigo.
A boa notícia, é que como eu disse, nos dias de hoje, ninguém quer saber de ninguém, querem que você se foda, com todas as letras. e só se importam com o próprio umbigo, todo mundo é muito cínico nessa hora.
A paixão virou demodê, coisa passada, antiquada e até brega.
E agora? Não tenho tempo pra isso, tenho sentido um raro momento de maturidade, e pretendo manter essa sensação, o máximo possível, não é como se estivéssemos tomados de um paixão impossível de controlar, e também não é isso que pretendo fazer, acho que tudo tem limite, e o meu já cruzei  a muito tempo, tanto é que olho pra trás e não consigo ver mais esse limite. Só a poeira...



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um amor... Ou quase amor...Ou mais...




Vejo muitas histórias, transcorrerem por meus olhos e minha mente, como filme em câmera lenta, de minha juventude perdida, ou de minha vida adulta um tanto critica e racional demais, que se entrega a mais deliciosa e saudável ociosidade que resulta de uma tranqüila e feliz vida amorosa.

Vejo muitas mulheres de 20,30 e poucos anos ou quase, ou um pouco mais, e me encanto as vezes com suas histórias e suas belezas maduras, seus sorrisos que escondem uma história, bela ou triste, um pouco sofridas ou ainda em busca ainda do amor perdido, ou desperdiçado da juventude, ou vivendo um quase amor...

Quase amor é um lugar estranho e ao mesmo tempo familiar. Quase amor é um sentimento estranho de amar sem nunca ter amado. Quase amor é aconchegante e inóspito. Enérgico e gélido. É como quando você tem um déjà vu ao entrar numa rua ladrilhada dessas de cidade histórica, e tem aquela estranha sensação de que já se ferrou antes. Um lugar aonde você jamais esteve, porém consulta sua memória rígida buscando reconhecer árvores, calçadas e telhados e rostos, cabelos ao contraste da luz e do céu, de cheiros de perfume e jasmim, . Uma saudade abstrata pressiona o peito. 

Esse quase amor, que quase sempre nunca acontece, ou sempre se transveste de coisas certas na hora errada, pessoas legais em momentos ruins, emoções confusas que se confundem com amor, esse quase amor, esse quase, que acaba sendo um único sopro de esperança para quem precisa de um amor... Que sufoca o peito...

Essa sensação de quase, que nos impulsiona para que se procure um todo, mas que se vive em pedaços, em fragmentos, como pecas de um quebra cabeça de lembranças do que foi sem nunca ter acontecido, de sensações e momentos que nunca foram vividos,  e de um amor que só existe naquela caixinha escondida dentro de nossa mente, esperando somente um coadjuvante para ser interpretado, como um enredo de Hollywood, em avant premiere, um amor, que veio de muitos quase amores, e que finalmente um dia, deixou de pressionar e sufocar o peito.



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Histórias sem tempo...


Escrevo quase sempre sobre certezas, ou nem sempre,  lembranças ou pensamentos que afloram como epifanias, felizes recordações. Coisas que aprendi, reaprendi, e que só agora começo a entender. Mas normalmente o meu pensamento é um enorme ponto interrogação. O que é que eu fiz? O que é que eu faço? Para que é que eu sirvo? O que vou fazer?
Sempre ansiei por fazer algo realmente útil. Ajudar pessoas. Viajar para o Japão. Escrever um livro. Ter filhos. Fazer a diferença em algo. Algo que me transcenda, que vire um legado. 
Esse é o grande ponto de interrogação, não para mim, mas para você que esta lendo isso agora. O que você fez? O que está fazendo para mudar? Qual o seu legado?
Muitas pessoas contam sua vida, suas angústias, desventuras, e até suas mazelas, como procurassem um psicólogo, uma solução imediata, ou algum tipo de droga alucinógena que desfizesse todas as coisas ruins, decisões ruins e consequências piores, digo apenas que, falo a verdade crítica, independente de qualquer grau de amizade ou conhecimento,com minhas palavras, ou meus consolos verbais (seja qual for o entendimento).Minhas crônicas são nada mais que uma forma divertida de contar minhas historias, (entendam... MINHAS!!!) reais e fictícias com humor ácido e atual, com um bom senso crítico de cada situação, tirando uma experiência inesquecível. Confesso que me assusto com comparações, com identificações errôneas e qualificações desmensuradas de tempo, espaço e contexto.
Na minha auto crítica humana, as comparações com minhas historias e até certas dualidades me assustam, pois o quando ouço certas me contarem seus relatos de vida, digo meu Deus!!! Até tento ser romântico e me inspirar, ver o lado bom da coisa, mas sempre e volta e meia o relato macabro me machuca os ouvidos. O que essa pessoa está fazendo consigo mesma, sonhar é bom, colocar em prática melhor ainda, realizar, isso não tem preço. Acho que essa é a receitinha do bolo da felicidade (se é que existe receita), mas se amar verdadeiramente, e colocar uma pedra em tragédias gregas do passado, é um bom começo, sem dramas, teatros ou jogos.
Pé no chão e uma boa dose de realidade construtiva.
Mas será que “acontecer” é mesmo isto? Ir acontecendo, ir fazendo... Que o extraordinário é um caminho e não um acontecimento?
"Viver é um presente uma dádiva, passar pela vida sem viver, simplesmente passar pela vida sem deixar um legado, filhos, plantar uma árvore, escrever um livro... Que triste isso..." 



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Coisas de Mulher












Sem tempo...




Ao final deste tempo todo, as vezes e tão raramente, quase nunca, ainda sonho com você, E ainda foi assim até bem pouco tempo atrás, cruzamo-nos em alguma rua do bairro, vinha acompanhada com algumas crianças, e eu estático fiquei ali a observar. Nossa!!! Passaram-se muitos anos, e os anos lhe fizeram bem, amadureceram aquela beleza tosca juvenil, transformando-a em uma mulher linda, segura de sí e sua beleza, reparei nos cabelos longos e bem cuidados, o perfume ainda era o mesmo, tem coisas que não mudam, e continuei a te olhar, te seguir, a alguns metros, buscando seu olhar, seus olhos claros, e você, você olhou através de mim, com aquele sorriso branco, como se não tivesse ninguém ali, como se a rua fosse só sua, um parque de diversão em final de tarde, em uma mistura de sons distantes, imagens em slow motion, e sem parar, continuamos nossos caminhos, cada um no seu, você sem enxergar e eu invisível, como nos tempos da escola, continuamos nossos caminhos. Nada mudou...














A Superação do Amor



Até hoje, nunca vi mas já ouvi dizer que se supera um amor com outro amor. Sempre que escrevo, falo por mim, e minhas experiências pouco ortodoxas com relação ao amor e suas desventuras. Sempre me pego com essa mania besta e até infantil de querer voltar no tempo, nas coisas boas e irresponsáveis de outrora, fico imaginando como seria minha cabeça de hoje, com a minha falta de noção dos meus vinte e poucos anos. Naquela época eu queria saber como era chegar aos 40 anos, hoje eu quero voltar aos 20 em muitos momentos. Posso dizer que hoje estou muito bem, melhor do que na juventude posso assim dizer, mas seria bom se o tempo parasse de vez em quando, que pudéssemos dar um pause, mesmo porque nada dura para sempre, e o sempre, sempre acaba, e se você já se apaixonou de verdade pelo menos uma vez na vida, você sabe do que estou falando, agora se nunca se apaixonou, não sabe, nem conheceu a estabilidade perturbadora do caos anunciado, primeiro em descompassos, parecendo que o coração bate na garganta, depois aquela falta de ar e a boca seca, e uma vontade de estar e ser um, do olhar distante e próximo, das mãos se roçando, do encontro inesperado na padaria, a conversa solta na volta pra casa, coisas assim.

E depois de um tempo, uma desilusão, uma despedida, passando os dias estrebuchado no sofá,acordando as três da tarde, de ressaca, para de noite novamente se perder entre festas sem fim, bocas amargas e beijos secos de batom cor de cereja, procurando apenas pelo perfume, sensações parecidas. 
E numa dessas tardes de ressaca, achei uma camiseta sua, rasgada aonde ainda recordava sua tez alva por entre os buracos propositalmente calculados, ainda tinha seu perfume, e a duvida me assolou. 
-Ligo, ou não Ligo?
Liguei, caiu na secretária eletrônica. Repeti, De novo, na terceira vez eu de olhos cerrados torcendo, ela atendeu com o sonoro:
-O que voçê quer? Me esqueçe, não me liga mais... E desligou na minha cara. Foi como se tivesse tomado um nocaute do Hollyfield, direto no queixo...bumm

E foi o impulso necessário para entender que aquela garota linda, da pele branca e olhos azuis profundos, realçados pelo cabelo negro, como seu humor, fosse a garota com o tempo de validade vencido, que eu comi e passei mal depois, mas também foi o elixir paregórico, que me fez vislumbrar outras possibilidades. Ela não foi a primeira, nem a segunda, nem foi a última, mas foi uma grande decepção, dentre muitas, foi o produto importado, que estava estragado e que me deixou doente.

A camiseta? Eu a guardei até um tempo atrás, junto com outras coisas, cartões, agendas, fotos, presentes, dentro de uma caixinha de lembranças que, por final coloquei fogo num belo sábado de lua, e lucidez, degustando um bom bourbon, a luz da fogueira e do alívio de ter deixado algumas decepções pra trás.

Exorcizei um lindo fantasma que rondava meu sono e minhas taras...

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Anúncio da Vida Real


Tema desse post...


Em se tratando de relacionamentos, posso dizer que, você pode viver longos períodos bem animado, (diga-se com tesão), e para isso e só você não se envolver com gente afetada e estereotipada, mas com pessoas em que você se sinta bem, e sinta a mesma emoção ao contemplar os olhos e o pôr do sol sobre o mar. Alguém que você sinta que vale a pena juntar as escovas de dente, sem pensar no amanhã, no tempo, nas contingências. Para isso faça um anúncio sincero de você mesmo, enumerando qualidades que você acha importantes para alguém e para você mesmo.

Nos dias de hoje, que a futilidade ganha importância estratosférica, aonde o mais importante que o sentimento, o amor, é ter um álbum com fotos legais na balada em lugares caros e da moda, e status de relacionamento serio no facebook, aonde o imaginário e virtual, valem mais que aquele friozinho na barriga e a língua enrolada sem saber o que dizer.

No virtual, todo mundo é feliz, bem resolvido, com um ótimo emprego, a família é exemplo, tudo funciona, se tem os melhores amigos, uma vida de fazer inveja, mas tudo não passa de uma ilusão, uma peça tragicômica mal enredada por um roteirista de cabaré, alicerçada por uma vida medíocre, sem graça, com gente feia, amigos malas e na maioria bêbados, a família cheia de irmãos, primos, sobrinhos, e coisa parecida, trabalhando pra ganhar um salario mínimo, e aí me perguntam, que mal há nisso? Da minha humilde opinião, nenhum, cada um vive do jeito que quer, se ilude como quer, e transforma sua vida na droga necessária para viver (suportar) sua trajetória ou uma vida a dois.

Mas e de novo perguntam, e o amor? E o tesão? E a emoção?

O amor é uma receita complicada com várias misturas de elementos perigosos e pontos de ebulição e fusão que somadas aos fatores de pré disposição à fatalidade, destino entre outros, determinam o resultado bom ou ruim, diferente de algum tempo atrás, tudo era tão mais simples, e o teatro era cara a cara, se comprava o que se via se apalpava, e hoje, conseguiram transformar tudo em propaganda, diga-se propaganda enganosa, hoje já não se pode se apaixonar a primeira vista, precisa-se da comprovação de que o que você viu é aquilo mesmo, se não é um perfil de rede social, se a produção feita para a balada condiz com a realidade do dia a dia, e do meu ponto de vista prático se os peitos são peitos mesmo, ou silicone ou até mesmo soutien com bojo, e se o caráter se sustenta como um seio natural, ou se cai no pé como uma jaca.

Me acham exigente, mas depois de tudo isso, creio que não sou, ou acho que não sou, tenho certeza que não sou, porque exigir o mínimo, que é gostar de mim como sou e não do que podem tirar de mim, já faz uma grande diferença. É engraçado esse parâmetro peculiar dos relacionamentos de balada, regados a bebida barata. Para mim não existe fantasia, existe química, física, biologia, anatomia, e a psicologia de Freud só serve para explicar o inexplicável, o óbvio ululante e também o que descrevi de mim mesmo, como uma noticia ou tirinha engraçada, romantica, sensual e tarada, atenciosa e carente, que só se encontram, nos classificados de jornal, lá nas ultimas paginas aonde ninguem lê, em letras minusculas.




Depois de um tempo... O retorno

Música que esta rolando...

Depois de uns meses de férias, algumas (muitas) viagens, muita gente diferente (nova), algumas experiências legais, retorno ao blog, escrevendo situações cotidianas, falando sobre assuntos diversos e outras atualidades de relacionamentos e, mulheres( meu tema preferido!).

Desenterrei muitas coisas legais, histórias hilárias e algumas até broxantes. Bem chega de blá blá blá e vamos lá...

Nesses meses de férias ou como digo, dias e dias de pura preguiça mental, ócio contemplativo, e sessões de nostalgia juvenil, me fizeram relembrar algumas figuras de minha juventude como um filme de sessão da tarde, as aventuras que muitas vezes eram regadas a puro whisk, boa música ( para criar coragem, já que sempre me achei um cara sem atrativo) e mulheres... Ah sempre elas...
Ora, vocês devem estar se perguntando? Que porra é essa? O que tem a ver?

É por trás dos copos de uísque que já tomei, se escondem muitas histórias, algumas tão verdadeiras que não deram certo, outras mais falsas do que uma nota de 3 reais, não por serem falsas no sentido da palavra, mas por não valerem um vintém por sua essência tosca, que renderam historias como essa. Eu admito que houve um tempo em minha vida que me perdi, pelo meu medo, por não ter confiança no meu taco, ou pelas minhas desculpas esfarrapadas e pelo meu gosto nada convencional por paladares fortes aventuras extravagantes e nem um pouco suaves, bem diferente da minha visão de hoje. Vou pular toda essa enrolação e explicar-lhe essa parte da minha história. Mas, antes, um aviso: eu gosto de brincar com metáforas e usar delas pra demonstrar mais inteligência do possam supor entender, e interpretar de varias formas, de acordo com a conveniência do momento. E esse português rebuscado cheio de vírgulas e construções verbais não tem nada de culto, nada mais e do que um pretexto articulado e envolvendo do que eram minhas aventuras.
Eu frequentava um boteco todos os dias, eram idos dos anos 90. Era genial a visão de mulheres bonitas, de todos os jeitos, era o point da época, e elas desfilavam disfarçando a sua futilidade com um sorriso, a gana de arrumar um trouxa, e a percepção de que morrem de medo de ficarem sozinhas. Tinha também desses caras que gastavam todo o salário pagando drinks na esperança de levar uma delas pra cama. E tem os típicos canalhas bonitões que só piscavam e conseguiam a gata da noite numa bandeja. Meu tipo era mais discreto, desses observadores. Não me entendam mal, eu era mais simpático até do que bonitão e na época tinha bastante dinheiro que o sucesso no mercado pecuário pôde me render. Usava jeans e botas importadas bem na moda, com cortes que caiam bem. Toda aquela bobagem da moda fashionista que alguém comentou um dia que era legal e as mulheres gostavam. E faz muitos anos que eu não vejo a mínima graça em algum desses personagens, além do meu copo e da garçonete gostosa que o enchia, que me vagam na memoria ate hoje.
Eu não me achava nem me acho o cara certo pra falar de amor. Um ilusionista, talvez, quem sabe. Eu tinha meus encantos, e conseguia lá as mulheres que queria com um bom papo e uma forma de conduzir na dança que só eu sabia, com ritmo e molejo.. Altas, baixas, magras, esbeltas, latinas, europeias, paraguaias, todo tipo que você pensar. E você acha que eu era feliz? Era muito... ou não era nem um pouco. Eu disfarçava a maior frustração da minha vida até então, com noites de farra e amigos num apartamento bem localizado no coração da cidade, na Avenida Mato Grosso, ou nos locais da moda e pegação. Eu era um desses desiludidos iludidos da vida que nunca iriam encontrar a garota certa (pelo menos eu achava isso!) pelo simples fato de já tê-la encontrado e ter perdido a oportunidade (ledo engano). Coisa de garoto novo que não sabe lidar com a pressão do dia-a-dia e com as tensões de um relacionamento sério. Aquele medo de perder a liberdade, de se prender, de perdê-la em caso de passo em falso, uma mijada fora do pinico. Hoje em dia eu posso dizer que é tudo um bando de bobagens que a gente inventa pra não se privar de viver algumas coisas boas da vida e de quebrar a cara com elas. Eu podia ter quebrado a cara uma, duas, três vezes, cem vezes e estar com ela agora (ou não...) Ou ter me dado muito bem na conduta do relacionamento e ele ter chegado ao fim do mesmo jeito. Mas não, eu simplesmente tive medo de seguir em frente e fiquei parado la, naquela mesa. Ela seguiu.
E essa casca grossa revestida de sucesso e confiança só servia conquistar mulheres bonitas que  durariam umas poucas semanas na minha vida. Perdi o interesse por quem não me jogasse no chão e me fizesse mudar toda a minha visão de mundo (engraçado isso...). Se não for pra ser assim, não precisava nem vir. Jogos de conquista eram meu ponto fraco, mas até disso eu enjoei depois de um tempo. É aquela velha história: chega uma hora em que se não for pra ser amor, que seja nada. E que durasse tão pouco quanto uma garrafa de vodka na mesa de um alcoólatra. Não sou romântico, não. Longe de mim. Sou mais um homem que resolveu contar, uma parte decepcionante e enriquecedora da vida a vocês, em que a maior desculpa da minha vida era que não servia para relacionamentos (ou não servia até alguns anos atrás). Eu sirvo se for com quem também me serve da maneira certa (mudei muito...). Meninas bonitas seriam apenas meninas bonitas depois da festa, e uma doce lembrança de conquista em um caderninho. Mas e tudo aquilo que interessava? Aquela preocupação em atender um telefonema ou mandar uma mensagem bem escrita. Tudo aquilo que era fundamental numa relação que não encontrava em mais ninguém? Acreditem, não estou comparando meus relacionamentos com o que ela, e outras foram em minha vida. Só digo que ela, (e também todas as outras..) me estragaram (melhoraram...) pro mundo. E eu sou e vou continuar sendo (...) sempre aquele cara com que não se tinha a possibilidade de futuro nem de um presente breve. Hoje vejo que tudo isso são cicatrizes de guerra, marcas que exibo com um certo orgulho hétero...
E pode confiar em mim. Existem e sempre vão existir mais alguns caras sentados em bares ao redor do mundo, rindo da vida, destilando a imagem do sucesso e da felicidade. Eles se sentem mais vazios que o meu copo naquele momento de mais de vinte anos atras. Caras como eu eram, e ainda são mais comuns do que vocês imaginam. E mulheres bonitas ou não,  também continuam sua historia de batalha, exibicionismo e conquistas em busca do amor, ou de um besta para lhe bancar as contas. 

Ah tempos bons eram aqueles...